Se fosse feiticeiro, transformava o Sol em crianças e vestia o Mundo de Luz. Dava nomes às letras e frases às palavras. Desenhava jardins em desertos de ideias. Envolvia os sonhos em mantas quentes. Lançava gemidos de prazer em montanhas e transformava o eco em cantigas. Entregava as nuvens ao mar e o mar aos rios. Serpenteava ribeiros entre montanhas. Movia nascentes até poentes e ondas até aos lagos. Empurrava o Sol mais depressa e pintava o céu de laranja. Pulava até à Lua. Escorregava até uma estrela. Soprava uma constelação até nós. Julguei ser feiticeiro… simples, belo, sincero… Abria a mão devagar e deixava-te espreitar o Mundo… pequenino… pequenino… como uma tela que nunca nenhum pintor desenhou. E tal como venho, vou…
Pedro, Fev 2009
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