Monday, July 31, 2006

Polarito - o despertar de um mito

O Urso Polar está, dia após dia, em maior risco de extinção. A diminuição das camadas de gelo e o prolongamento do "Verão" vêm obrigando os Ursos Polares a buscar comida em lugares habitados, colocando a espécie em conflito com o homem. Em 2005, testemunhas afirmaram ter visto um total de cerca de 40 ursos nadando centenas de kilometros em busca de alguma camada de gelo flutuante à qual pudessem subir. Viram-se menos quatro corpos de ursos flutuando até 260 km de distância do gelo ou terra firme.
Os povos índigenas do Ártico caçam o urso por sua gordura e pele. O Canadá permite a estrangeiros caçar, desde que guiados por um Inuit
nos seus trenós de cães. Apesar de florescente no século passado, esse tipo de actividade mostra-se estar, actualmente, em declínio . O interesse por tapetes de urso diminuiu, assim como seus preços. Uma pele que era vendida por 3.000 dólares atinge hoje o preço máximo de 500 dólares. Actividades humanas como exploração de gás e petróleo, turismo, pesquisa científica e desportos na neve perturbam o animal em seu ambiente.
A poluição ambiental é outra ameaça. Estando no topo da cadeia alimentar, o Urso Polar concentra substâncias tóxicas no seu organismo. A quantidade de metais pesados desenvolve-se em curva ascendente em amostras de tecidos.
Os derramamentos de óleo também afectam os Ursos Polares. O óleo é altamente tóxico e de lenta decomposição, sendo ingerido pelo animal quando este se alimenta ou executa seu asseio.
A população actual de Ursos Polares é estimada entre 22 000 e 27 000 indivíduos, 60% dos quais vivendo no Norte do
Canadá.


Sunday, July 30, 2006

Afinal, quem sabe contar?

Começo a ficar preocupado por ter no meu currículo um rácio "presença/ausência das aulas de Matemática" nos tempos da faculdade, bem inferior a 1... Hoje, os números perseguem-me. Vejamos. Colocam-se dois indvíduos à nossa frente, um com bigode farto, barba de 3 dias, caneta atrás da orelha e um bloco de rascunhos no bolso. Outro com bata branca, óculos generosamente graduados e uma calculadora científica no bolso. Os dois são mantidos em rigorosas condições de assépsia, não vá o ensaio ter de ser repetido. Pedimos agora a ambos que debitem a tabuada de trás para a frente e ambos o fazem sem recurso ao bolso. Pedimos que brinquem com a propriedade comutativa sem vacilar, e ambos brincam. Pedimos que contem até 100000000 de trás para a frente, de frente para trás, a fazer o pino, a correr à volta de Beja às 2 da tarde no dia mais quente do Verão, a tirar o mel das colmeias depois de um banho em calda de açucar, a entrar na jaula dos leões disfarçado de antílope, e eles contam!!! Eles sabem os números!!! E mesmo assim, pergunta um ao outro: que idade tens? Resposta: tenho 31... vou para os 32... e tu? Eu já vou nos 280... vou para os 281... Meus amigos, fiquem muito bem que eu já estou a escrever-vos há 8 minutos... vai para 9...!

Friday, July 21, 2006

Mundo submerso


O fato de mergulho molda-se ao corpo. Um passo... outro... outro... Lentamente despeço-me do mundo que todos consideram o mundo e entro no mundo que quase todos desconhecem. Que silêncio... à volta os peixes brincam com corais que os abraçam ao sabor das marés. Aqui e ali pequenas conchas se movem, em cumplicidade com... o silêncio. É impressionante como a mente humana, na sua limitação natural, não consegue imaginar o que sentiria um destes seres se pudesse vestir um outro fato qualquer, e saísse por instantes do mar para visitar o mundo que todos consideram o mundo. Ainda bem que a fronteira entre estes dois mundos não despertou a curiosidade desmedida do mundo. Sorte a minha, vou tendo dois mundos... o mundo de todos... e o meu mundo...