Saturday, December 23, 2006

Natal Feliz !

Estão a imaginar o novo ( Airbus A380 ), mas em forma de árvore de Natal? Esqueçam! Não tem mesmo nada a ver... Os meus xi-corações (versão feminina de abraços) e abraços (versão feminina de xi-corações), são ainda maiores para todos os que algum dia esboçaram um sorriso ao passar por aqui. Para os que não passaram, mil desculpas, mas terá de ser mesmo só do tamanho do Airbus. Para todo o mundo (o nosso munde - private joke) um abraço do tamanho da minha barriga quando for madrugada do dia 26, uma vez que é considerado crime qualquer indivíduo da minha aldeia parar de comer doces por períodos superiores a 5 minutos e 30 segundos durante o dia 25. Haja ainda justiça e leis que façam sentido em locais deste nosso "munde"...
Um Natal muito Feliz para todos... !

I Concentração "Gang Triciclista"

Realizou-se em Évora, 16-17 Dezembro, a I Grande Concentração do "Gang Triciclista", uma entidade sem fins lucrativos (bem pelo contrário) e que pretende transmitir aos seus associados (actualmente oito) experiências gastronómicas intensas nos locais mais inóspitos e recônditos do mundo, aproveitando os intervalos para passear um pouco a bicicleta (mas só se for mesmo preciso).
O dia 1 resume-se a provas gastronómicas e, no tempo restante, subida ao castelo do Giraldo, por caminhos de cabras... mas não umas cabras quaisquer! Pareceu-me caminho de cabras das montanhas com patas tipo "retroescavadoras" e de bodes daqueles bem fortes, os cobridores da população. No final do dia, passeio nocturno até o "gang triciclista" entender que não é conveniente concretizar passeios nocturnos porque não se vê.
O dia 2 resume-se a provas gastronómicas e, no tempo restante, passeio pelo centro histórico de Évora, destacando-se como marcos importantes de paragem as migas e os pastéis de nata conventuais.
Não vou divulgar números porque o Marco Chagas pode ser leitor assíduo deste blog, mas sinto necessidade de referir que 25 km em 2 dias e oito jovens desengonçados no final é, no limite e triciclisticamente falando... um sprint para o suicídio colectivo (qual Émile Durkheim, versão bicicleta).
O próximo encontro deverá decorrer em Janeiro. A primeira sugestão de destino a ser varrido pelos indomáveis triciclistas é Aveiro! Oxalá T-O-D-A-S as pastelarias, lojas, supermercados, talhos, lavandarias, etc... onde possa haver ovos moles, estejam fechados.
Trim, trim, trimm...

Monday, December 18, 2006

Elfo em part-time !

Os elfos são criaturas míticas da mitologia alemã. No quadro da mitologia Tolkieniana, tanto homens como elfos são filhos de Ílutavar, tendo, por isso, muito em comum. Há, contudo, diversas diferenças entre as duas raças. Destas, a mais significativa é a de que os elfos são "imortais", pelo menos enquanto Arda (o Mundo), dure; eles não envelhecem nem adoecem e se forem mortalmente feridos ou sofrerem um grande desgosto, reencarnam nas Mansões de Mandos, em Valinor.
Os elfos, enquanto elfos, são geralmente orelhudos. O presidente do Benfica não é elfo, o José Rodrigues dos Santos também não. Mas são duas aproximações muito humanas ao conceito de elfo, enquanto elfo.
Hoje, ao espreitar a CNN, detive-me perante a notícia de que foi encontrada uma nova espécie de elfo na floresta negra da Alemanha, muito mais elegante do que o Homo sapiens convencional. Um repórter conseguiu uma filmagem impressionante deste marco fundamental para o conhecimento da história da Humanidade. Fica (aqui) o registo. Extraordinário este nosso mundo...

O cerrar das cortinas...


Terminou o curso ! É nestes momentos que sentimos que a vida é um pequeno oceano no qual saboreamos cada onda com o carinho que ela merece. Há momentos na vida em que nos atiramos para uma onda irritada com o oceano, há momentos em que dançamos habilmente ao sabor da maré, há momentos em que nos deixamos levar por ondas gigantes mas rapidamente uma onda suave e meiga nos embala novamente. Há ondas que passam por nós, qual tempestade em alto mar, mas têm a capacidade de nos deixar estupidamente especados a olhar, com algum saudosismo, até entendermos o quão importante foi resistir à sua passagem. Há ondas que nos levam os calções de banho, há ondas que nos trazem garrafas com mensagens, há ondas que nos inundam de espuma branca , como se sonhos se tratassem.
A todos, mas principalmente aos amigos (amigas) que estiveram presentes para assistir ao discurso final e que aguentaram sem rir, o(v)rigado! Ficam os versos finais do momento do agradecimento que, em cada contexto, são uma pequena onda que vos deixo...
"É pelo sonho que vamos... comovidos e mudos... Chegamos? Não chegamos?... Haja ou não frutos... é pelo sonho que vamos..."
Sebastião da Gama

Green moments...


O V Congresso da Associação Portuguesa de Greenkeepers foi 20 valores, de 0 a 3! Decorreu no Vila Sol Spa & Golf Resort, de 6-9 Dezembro, com mais de 174 participantes (foram 175). É uma família já grande, mais forte, mais unida em torno de causas comuns.
Mais verdes ou mais maduros? Verdejantemente mais experientes, seguramente. Foram 3 dias de lançamento de ideias, troca de experiências, divulgação de conhecimentos, fortalecimento de laços de amizade e consolidação dos conceitos adquiridos no ano anterior (mesmo de madrugada :)). Mais verdes estamos com toda a certeza, em busca da perfeição verdística de relvados verdejantemente enquadrados no verde da paisagem. Mais maduros pela forma como procuramos hoje a verdescência de forma mais equilibrada (peço publicamente desculpas aos meus colegas associados do FêCêPê por este tipo de discurso. Mantenho-me sócio 85502 com orgulho, mesmo que mais Carolinas Desgraçadas Salgado apareçam em busca de fios condutores de vida, equivocando-se com fios detonadores de um explosivo que a própria construiu... outro tema...).
O abraço a todos os amigos verdisticos!

Sunday, December 10, 2006

Arrivederci Roma !

Ciao! Roma está à minha espera! Lancei 2 míseros cêntimos na Fontana di Trevi o que, se a tradição ainda ainda for o que era, significa que voltarei em breve a este lugar perturbantemente belo. Roma tem tudo. Tem um monumento e um café a 4 euros em cada esquina. Tem um coliseu e pseudo-gladiadores que pensam que o Carnaval é sempre que eles querem, sedentos de uma "foto de família" por 10 euros. Tem caminhos romanos de pedras monumentais que nenhuma retroescavadora por inventar conseguirá mover e tem caminhos de ferro que por 11 euros nos levam 30 quilómetros mais à frente. Tem passagens adornadas de telas e pinturas divinais, capazes de nos manter especados horas a fio em contemplação e tem passagens nas estradas mais inseguras que a travessia do autódromo em dia de corrida. Mas Roma é mesmo assim. E é magnífica assim. Vou ler e reler as 192 páginas de "Museums of Rome" e vou voltar lá, para buscar resquícios de essências culturalmente vibrantes que não consegui trazer agora. Na bagagem (no porão, claro) levarei também um termo de 2 litros de café, o que me libertará capital suficiente para suportar outros devaneios que Roma nos sugere... il gelato, um must!
Arrivederci!

Amphitheatrum Flavium - Colosseum

One lifetime is not enough for Rome...


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Monday, November 27, 2006

O crepitar do tempo...


É, invariavelmente, a receita mais simples de sempre... uma chama, vestígios de madeira e uma pitada de moléculas de oxigénio a esvoaçar...
Ainda não é Inverno, mas para mim já é Inverno. Preenche-me de devaneios tétricos, plangentes, melancolicamente perturbadores. Tenho dificuldade em conceber um mundo feliz por baixo de um tecto cinzento, turvo, por entre periclitantes nuvens em nítido processo de exprobração irritante, mas justa. Mesmo assim não consigo censura-te, Inverno. Desenhas a cada ano, a cada pingo de chuva, a cada fagulha de um trovão, a mesma nostalgia de sempre, de um bem perdido... o mundo fantástico da infância.
É impressionante a imensidão de emoções que despertas, do sensato ao absurdo, da beleza à fealdade, do imperdível ao desprezível... és norte e sul de um só hemisfério, Inverno. Desenhas vincos de tristeza que me rasgam a face de forma impenitente quando te atravesso nas ruas encharcadas de cinzento e de humanos cabisbaixos mas pintas raios de uma cor indefinida quando me recordo de um passado presente em cada dia da tua passagem.
Nunca tive, até hoje, melhores momentos do que um acordar na velhinha casa dos meus avós, no meio de serras medonhas mas meigas, no velho e queixoso sofá da sala, vestir a correr as calças de puto que frequentemente julgava que uma bicicleta podia ser uma moto nas descidas até ao riacho, apanhar algumas gotas de orvalho até entrar na cozinha onde, no chão de pedra, a lareira crepitava no tempo... como foi bom sorver o aroma intenso do café feito pela avó, mantido à lareira na velhinha cafeteira de latão, ver entrar o avô sempre a sorrir e a sentar no velhinho banco de madeira encostado à lareira que crepitava no tempo... como foi bom aquecer junto das brasas, com o velhinho garfo de ferro, a generosa fatia de pão da avó... como foi bom pegar na conchinha vermelha de dar milho e farelo às galinhas, e apanhar cada ovo, frágil e delicado, como se de um diamante se tratasse...
Nada é mais empolgante que nascer numa pequena aldeia, perdida entre serras medonhas mas meigas, respirar o orvalho de cada manhã inspirada pelo crepitar do tempo, de uma brilhante, deslumbrante e crepitante lareira...
Hoje, nada é mais intenso que manter a lealdade para com uma lareira que, em confidência, nos crepita um sopro de passado, aquele bem nostálgico que tu me trazes, Inverno...
Acreditem ou não, tudo isto nos permite, no limite, desenvolver um espectro emocional demasiadamente colorido para aqui ser descrito... ;)

Thursday, November 23, 2006

Polarito! Sabe falar! Yoh!

Digníssimos convidados, ilustres amigos, minhas senhoras e meus senhores:
Hoje tive a 8ª aula do Curso de Comunicação Oral e Expressão Verbal. Normalmente, seria das 19h às 23h mas hoje estendeu-se até à meia-noite. Não consigo ir nanar tranquilo sem antes demonstrar, em tempo real, o que se sente depois de 5h de aula de Comunicação Oral e Expressão Verbal, com apresentações formais de temas sugeridos no momento, com improvisações relativas a um termo ou expressão também sugerido no momento, tudo filmado numa pequena sala com holofotes, cinco formandos e 3 formadores.
Há um tempo atrás, fui convidado a assistir a uma primeira aula. Reconheço que o programa parecia interessante para quem aspira a uma carreira diplomática ou quer presidir a uma nação ainda este ano. Mas eu precisava de um pretexto para anunciar na empresa que não deveria frequentar o curso. Bestial! A cinco minutos do final da aula gratuita de apresentação, foi anunciado o custo da inscrição. A minha formação ética e moral impede-me de referir valores, mas posso acrescentar que se uma "vola de verlim" custar 80 cêntimos, o curso daria para suportar três mil volas de verlim e eu seria três mil vezes mais feliz neste mundo, bem como o meu dentista. O plano correu conforme o delineado! Anunciei, na empresa, o valor do curso, e reforcei a ideia que não era importante, nesta altura, "enriquecer" o curriculum, além de que penso que os meus chefes estariam porventura mais interessados em me enviar para um curso onde ensinassem a estar calado :)
Uma semana depois, o telefone toca e argumentei que... infelizmente... com muita pena minha... (eu sei que é triste recorrer à hipocrisia mas é por boas causas)... não poderia frequentar o curso! Duas semanas depois, o telefone toca... Três semanas depois, o telefone toca: "Temos uma excelente notícia!! De todos os NÃO inscritos, foi sorteado o seu nome para frequenntar o cuso de forma gratuita!!!" (sabem aqueles momentos em que devíamos saltar de alegria, mas só apatece saltar da janela? Eu vivi-o).
Hoje foi a 8ª aula. Eu sinto que sou o cómico da turma (o palhaço, para os amigos). Esta aula durou 5 horas, com pausa de 10 minutos para café. Nesta aula tive de falar e cantar com uma caneta na boca, simular que era o Presidente do Comité da Paz das Nações Unidas e ia receber os mais importantes Chefes de Estado europeus para uma conferência, tive de improvisar sobre o Japão, sobre insectos e contar um episódio caricato da minha vida. Tudo em tempo real e filmado (com holofotes). Confirmou-se a minha posição de cómico (palhaço para os amigos e, eventualmente, para os formadores).
É madrugada. Estou mesmo, mesmo, mesmo cansado. Já não tenho visão periférica e sinto que devia ir nanar mas a cama está a dois metros de mim. Também não tenho muito mais alternativas para esta noite... não me posso atirar à linha do comboio porque a circulação já parou... não me posso atirar da janela porque moro num 1º andar e quando muito só ia partir dois dentes... usar a cabeça como martelo pneumático na parede da sala pode acordar os vizinhos e não era agradável porque eles trabalham amanhã e eu também... é triste a vida de um frequentador de cursos de comunicação verbal e expressão oral.
O mais grave de tudo é que olho para os meus quatro colegas (directores comerciais e administradores de empresas) e, nesta fase da vida, o que vejo são 3000 + 3000 + 3000 + 3000 "vólas de verlim"... Não estou em condições de fazer a conta dado o avançado da hora e os sintomas evidentes de declínio psico-emocional.
Manifesto, uma vez mais, a honra que foi para mim a vossa presença em tão eloquente post, digno do prestígio que vossas Excelências acusam.
Muito obrigado e até à próxima sessão!
(Não é que o curso dá jeito...??)

Sunday, November 19, 2006

Castanhas sim! Suínos não!


É inquietante o quão ridículos e insignificantes somos perante a enormidade de um planeta desgovernadamente feliz. Podíamos ser todos presidentes da república, ou não, e teríamos o mesmo papel na sociedade como temos hoje. Conseguimos poluir menos? Não! Conseguimos viver em paz? Não! Conseguimos deixar de matar-nos? Não! Hoje estou particularmente extraviado do juízo perfeito. Tenho de contar este episódio mas não fiquem com impressão duvidosa da minha pacífica pessoa, por favor. Mas, porque há momentos que, por não se enquadrarem no nosso comportamento habitual, somos forçados a despejá-los silenciosamente, aqui fica o relato...
Atravessei Monsanto, o "pulmãozito" de Lisboa onde ainda se respira algum ar não saído directamente do enferrujado tubo de escape de uma furgoneta soluçante de fumo. À minha frente, sai um saco do "Continente" pelo vidro de um carro. Eu não tinha pedido nada... Monsanto também não... "vai morrer longe filho da mãe, onde não perturbes o trânsito" pensei, com aquela veia na testa que me caracteriza tão bem em momentos de alguma ira. Quando acontecem estes episódios ridículos, o percurso da minha consciência, mesmo que eu não permita, é sempre o mesmo... começo a imaginar que tenho um tractor agrícola carregado de estrume de uma suinicultura de porcos com desorganização intestinal, e me enfaixo a 200 km/h no indivíduo do saco do "Continente". Voltei à realidade e, felizmente ou não, vejo-me a estacionar ao lado do poluidor filho da mãe. E não é que `tá o "suíno com 2 presuntos" a beber uma garrafa de água do Luso e atira a "gaja" ao chão??? Aqui não houve espaço para fantasias. Abri a mala do carro, saquei as 5 maiores castanhas do saco que acabava de comprar e, quando o "suíno com 2 presuntos" se virou de costas... rátátátátá... castanhada na cabeça, qual rajada a meia haste de uma G3 de castanhas. Entrada no carro, prego a fundo e ala que se faz tarde. Bem sei que isto é uma atitude de puto xarila macaco sem pila, mas não interessa. Não tive coragem para mais nada senão para "acastanhar" aquele "suíno de 2 presuntos". Bahhhh... "Continente" e "Luso", vocês têm bons produtos e boa água, não abram falência por causa deste episódio nem deste blog. "Suíno de 2 presuntos", amanhã havia de vir uma castanha de 3 Kg e cair-te na cabeça!
Agora estou a comer castanhas e, na verdade, é inquietante o quão ridículo e insignificante sou perante o forno de castanhas tristemente feridas com golpes antes de irem a assar. Como somos cruéis... de 2 em 2 minutos, saco uma castanha, para ver se já sofreu o suficiente e se pode então ser esmagada por molares sem misericórdia. No fim, acaba como se sabe... Triste vida a da castanha... faz-me lembrar parte da infância vivida num 4º andar... ainda as batatas estavam a fritar e já eu tirava uma a uma, às escondidas da mãe, e fazia filas enormes de batatas no exterior do parapeito de mármore da varanda, para arrefecerem mais depressa. Pareciam comboios de 20 carruagens. Estas, ao contrário das castanhas, ainda passavam pela aflição da queda de um 4º andar...
Perdoem-me todas as castanhas e batatas envolvidas nesta tragi-comédia bloguística :)

Saturday, November 11, 2006

Piro, toma!



O Piro vive na Marmeleira! Os donos do Piro piraram-se para Angola e o Piro não podia ficar sozinho... Então a Inês ficou com o Piro!
Quando vou à Marmeleira, o Piro vem lá a casa sempre na convicção de que devo ter no frigorífico 1 porco inteiro para lhe dar, porque se lhe der 1 frango, o Piro nem consegue preencher os buracos dos dentes.
O Piro é o maior cão que eu já vi até hoje. Se não o conhecesse, e ele a mim, sinceramente preferia dar de caras de noite num beco sem saída com o Bin Laden do que com o Piro.
O Piro permitiu-me experimentar a sensação de ser forcado, quando digo "Piro, tomaaaaaa!" é o mesmo que estar numa arena e dizer "Eh tôro, eh tôro, eh tôro,... tôro, tôro, tôro!". Apenas há a diferença de o Piro correr ainda mais rápido.
É bom que o Piro viva na Marmeleira. Embora deixando na rua vestígios facilmente confundíveis com a passagem de uma manada de vacas mirandesa, quem ali for escusa de pedir posta mirandesa porque não há! Quando muito há frangos assados no café ao domingo e já é uma festa! A verdade é que na Marmeleira não vai haver assaltos enquanto o Piro ali viver porque qualquer infeliz que ali tente "gamar" nem que seja uma "cinoira" da horta da Ti Lucília, ou se "pira" a tempo ou o Piro "pira-lhe" metade do braço noutro tempo.
Piro, um abraço! (não podia dizer "Piro, tomaaaa" senão o Piro enfiava-se já na A1 sentido Porto-Lisboa e abalroava uns quantos autocarros).
Até pra semana, Piro meio pirado das hormonas de crescimento! :)

Thursday, November 09, 2006

O artista é um bom artista!


"...É sim senhor, é verdade. É o Rui Costa, é o Mar... mar... hitle, que é o pequenino, só temos o Simão e o ... e os outros todos. Tome lá. Mas isso há uma coisa, nós temos o maior de, nós clubes e Portugal temos uma coisa que temos, que não há nosso munde, dos outros, que o Beira-mar venham cá para fazer caros a nós, não.
Nós temos de ganhar para ganhar e para não ter mais 3 pontos ou 5 pontos do Porto...
E temos direito, que o Pinto Loureiro o "tsolê" tá ai e "coso" não é? Que fazem o nosso clube, o nosso Portugal que seja o maior de nós benfiquistas e vamos ao Benfica e temos a vitória, ganhamos 3-1 ao, ao Beira-mar..."

O desgraçado nem no resultado acerta... :)

Wednesday, November 08, 2006

Olhá Vola de Verlim...!

Ultrapassei esta noite o limite de 3 bolas de berlim que tinha estipulado para este mês. Estou triste porque deveria ter feito um orçamento mais alto. Estou contente porque ainda faltam 14 pastéis de nata para cumprir o orçamento de Novembro. Uma análise superficial a estes números deita por terra qualquer teoria que tente, a cada mês, construir com alicerces matemáticos sólidos. Em cada 1000 indivíduos, há pelo menos 1000 que não conseguem comer uma bola ou um pastel de nata sem pensar, em part ou full time, que está a comer algo que engorda. E os magros? Esses palitos com pernas que falam! Porque não comem bolas e pastéis de nata, se só lhes fazia era bem? Estou mesmo irritado! É por isso que há desigualdades e injustiças no mundo! Havia de vir um pasteleiro com aquelas bisnagas de massa e fazer descargas pela goela abaixo de todos os magros que se esforçam por ser magros! E o que mais me incomoda ainda são aqueles 1000 indivíduos em cada 1000 que (como eu) são capazes de comer em dias de festa 1 boi inteiro no espeto e no fim pedem café com adoçante. Para não falar daqueles 1000 indivíduos em cada 1000 que (como eu) correm que nem uns desalmados numa passadeira com som estridente durante 30 minutos e depois vão ter com os amigos para comer um gelado com 5 bolas de sabores. Mas pior, pior é aquele 1 individuo em cada 1000 que (como eu) toma o seu banhinho, aplica na barriguinha um frio gel "abdominal sculptor" e vai ter com os amigos para um jantar num restaurante onde só há gordura com vestígios de carne ou peixe a acompanhar.
Extraordinário...!
Já agora, se quiserem misturar 500g de farinha + 100 g de açúcar + 1 limão + sal q.b. + açúcar baunilhado q.b. + 7 ovos + 100 g de manteiga derretida + óleo para fritar + açúcar para polvilhar e decidirem fazer um recheio com 0,5 l de leite + 100 g de açúcar + 50 g de farinha + 4 gemas + 1 casca de limão, fiquem sabendo que vão ter para a ceia... Vólas de Verlim!
Vem voas!

Tuesday, November 07, 2006

Sô Paulo Risco ao Meio Bento



O vídeo do Sô Paulo Risco ao Meio Bento está no primeiro lugar das preferências dos portugueses (145 000 visualizações). O segredo? Muita tranquilidade...

Sunday, November 05, 2006

Vida feliz !!!

Que sejam sempre MUITO FELIZES !!!

Lisboa cheia de Lua cheia...


Hoje é noite de Lua Cheia...! Lisboa está cheia de Lua Cheia e em cada rua há um rasgo de luz da Lua que nos enche de alguma luz. A Lua está mais perto do que qualquer outro astro - 380 000 km - o que significa que, segundo o nosso código da estrada, traçando uma auto-estrada de Lisboa até à Lua e circulando sempre a 120 km/h, imaginando que temos uma reunião importante na Lua, convém sair de Lisboa 132 dias antes para não causar má impressão. Mas há mais. Portagens! Se para o Porto temos de pagar algo como 18,15 eur para percorrer 298 km de estrada menos má, para a Lua teríamos de contar com aproximadamente 23144 euros só em portagens. Vamos esquecer o combustível porque na Lua só podem chegar carros eléctricos (para dar cabo de algo muito grande já basta o estado em que deixámos a Terra).
Lisboa cheia de Lua cheia, até 5 de Dezembro às 0h25m :)

Sunday, October 29, 2006

Uma imagem.. mil palavras..!

A Marge e o Homer vão passar o Natal em Portugal. No Natal há menos abelhas no ar e diminui a probabilidade o cabelo da Marge ser confundido com um cacho madurinho de uvas e ser atacado até às grainhas. Também a Gillette se enquadra no espírito natalício e desenvolve uma campanha de marketing internacional inspirada na barba rija do Homer (característica que, associada a pêlos no peito, define o velho macho moreno latino de que só há um espécime no mundo que por acaso até sou eu). Já agora, se alguém da Gillette passar por aqui, que me esclareça ( a mim e aos outros 6800000000 indivíduos que constituem a população mundial, e que não são machos morenos latinos) se o processo de corte da penugem facial se designa por "fazer a barba" ou "desfazer a barba" porque ao fazer a barba estamos, nitidamente, a desfazer a barba. A propósito, deixo uma dica: a barba de 2 dias tem funcionado bem ultimamente ;)
Foi na Iberflora que encontrei os maganos nestes preparos. É o novo mobiliário urbano para colorir um jardim lá de casa. Numa primeira impressão, parece um casal eternamente apaixonado, trespassado por lanças certeiras de um Cupido Simpson. Nada disso! Viveram um conflito matrimonial, o Homer vingou-se em 2 dentes de alho e a Marge em 3 cebolas e estão a ver quem sucumbe primeiro aos átomos alho-cebolísticos libertados por entre incisivos e molares. Eu já sei como a história acaba... acreditem, o que valeu à Marge foi o banco ter encosto...
Mas que os bonecos, in vivo, são catitas, isso são!
Nota: O Bart, para que o Natal não fosse uma tragédia para as crianças, foi amordaçado ao Titanic e respira por uma palhinha muito comprida. Será libertado no dia seguinte.

Thursday, October 26, 2006

Até derreter...

Para todos os que estão com a auto-estima mesmo em baixo e só pensam em atar uma bala de canhão a cada pé e atirar-se ao Trancão (na parte mais funda), para todos os que enviaram currículo para tocar acórdeão na estação de metro dos Restauradores (a única com vagas) e não foram aceites, para todos os que esta noite dormiam tranquilamente debaixo de uma ponte quando um bêbedo sem carta de condução decide atirar uma garrafa vazia lá de cima, para todos os que não encontraram beatas em condições nas paragens de autocarros... ANIMEM-SE! ANIMEM-SEEEEEE!
Eis aqui a oportunidade de marcar a vossa passagem pela Terra, deixando o vosso nome inscrito na mais alta e imponente montanha dos Himalaias (foi recentemente colonizada por pinguins). Vejam AQUI e sintam-se em grande! O passeio das estrelas em Hollywood já era! Agora, o que está a dar, é o nome nas montanhas!
Façamos, pois, a reza da neve para que esta nunca derreta!

Sunday, October 22, 2006

Cannabistas, boas notícias!


Para todos aqueles que, neste preciso instante, se encontram no terraço dos prédios com os portáteis, em zonas de wireless, com uma toalha à cabeça, a escrever uma carta à família e a consultar a direcção e intensidade do perfil logarítmico da velocidade do vento para detectar se é melhor atirar de cabeça ou de costas, parem tudo! Parem tudo! Não se atirem ainda!
Chegou ao mercado o "kit de germinação e cultivo de cannabis". É muito simples. Basta colocar a semente no substrato previamente estabelecido e já está! Regar quando necessário, não apanhar luz solar de forma directa e eureka! É só colher com uma foice para parecer mais profissional, deixar secar, enrolar e botar o fogo. Os entendidos sugerem que se bote o fogo num local afastado de redes de gás.
Meus amigos em que nada mais vos prende a esta vida, esta "tecnologia" está disponível em Espanha, onde é permitido a qualquer um cannabilizar-se. Para aqueles que estão mesmo mesmo mesmo mesmo com um pé no terraço e outro já na rampa de lançamento, com sorte, conseguem tazer uns kits (eu já tive 2 na mão) dentro do depósito do veículo que raramente é inspeccionado pelos senhores polícias. Mas, digo eu, convém tirar daqui antes de botar fogo :)
Orientem-se!

Pânico a bordo!

Fui a Valência num estaminé com asas. Vou passar à frente a viagem da ida, em que sobrevoámos o aeroporto a baixa altitude em direcção a alto mar, para largar uma peça que entretanto se havia soltado do avião. Olhei pela janela e confirmei que não tinham sido as asas, o que me sossegou um pouco mais. Sorri por perceber que continuávamos a voar, ao que a "vizinha" de trás me indaga com ar preocupado "diga-me a verdade, a peça que caiu é importante? Vamos aterrar bem?". Puxei dos meus galardões de piloto de aviões (afinal de contas já tinha jogado o Flight Simulator por mais de uma vez) e tranquilizei a "vizinha". Aterrámos, mais ou menos desconfortavelmente.
Mas o melhor estava para vir... viagem de regresso!
Não tenho palavras para agradecer a viagem gratuita que a Air Nostrum (subsidiária da Iberia) me proporcionou antes da viagem para Lisboa. Concedeu-me uma espécie de estágio antes do grande desafio e tive a possibilidade de fazer a viagem Valência - Valência.
Vinte minutos de voo, sempre a subir, depois de assistir a um gerador enorme a dar vida ao avião. Pensei que iriam pedir-nos para empurrar o dito pela pista até pegar, mas não foi preciso. Vinte minutos de voo, alguns quilómetros de altura e escuto o comandante (naqueles altifalantes que não se entende nada, menos quando dava jeito não entender) com voz trémula e preocupada: "senhores passageiros, fala o comandante, estamos com uma avaria técnica, vamos tentar voltar para o aeroporto de Valência".
Reconheço que, por momentos, pensei a quem deveria deixar a minha colecção de auxiliares de memória dos tempos da faculdade (2 sacos de batatas dos grandes cheios de papelinhos) e os 650 cromos do He-man. Os meus vizinhos de trás pareciam petrificados. À frente, a hospedeira sentada e com o cinto bem apertado, procurava sorrir um sorriso completamente descaracterizado. Cabeças para baixo, agitação, nervos e alguém diz "calma, no ar nunca ficamos". Ao meu lado, pela primeira vez assisto a uma teenager com suores intermináveis sem ser unicamente por eu estar por perto :)) Aqueles vinte minutos de regresso demoraram a passar... aterrámos inteiros.
Obrigado a todos os que proporcionaram este passeio, nomeadamente às peças que deixaram de funcionar.
Air Nostrum: hip hip horrurostrum!

Thursday, October 19, 2006

Arte de bem Iberflorar!


Faltam 5 horas para acordar e ir Iberflorar! De amanhã a sábado, estarei em Valência, na Iberflora.
Para qualquer crise emocional ou sensação de vazio ou tendência suicida resultante da minha ausência tridiária, o meu telemóvel funcionará, excepcionalmente no período 0h-24h.
Lembrai-vos, ovelhas do meu rebanho, o vosso pastor pode ausentar-se mas não vos esquece nunca. Levo, no cajado, as vossas recordações.
Cordiales saludos!

Wednesday, October 18, 2006

Polarito´s birthday !


Há -- anos atrás (as minhas teclas numéricas recusam-se a funcionar neste post), o mundo viu nascer o Polarito. Decorria o bom ano de ---- e, na pacata vila de Mortágua (para quem não conhece, fica a 5 Km da Marmeleira), uma parteira em part-time (durante o dia sachava batatas e sulfatava vinhas) segurava nos braços um puto reguila desde o primeiro segundo de vida. Ainda hoje não a perdoo de me ter retirado daquele sossego ventral. Foram bons tempos. Cama, comida e roupa lavada durante 9 meses. A minha mãe rejubilava quando sentia os meus pontapés na barriga, antecipando a chegada de um craque do futebol à família... mal ela sabia que eram retaliações sempre que comia peixe cozido :((
Um polarito que se preze e queira honrar o seu bom nome, come peixe crú ou então não come!
Passaram -- anos. Hoje fui desempenhar as minhas funções como se de um dia normal se tratasse, embora entenda, no final do dia e medindo a produtividade alcançada que não foi um dia propriamente normal.
Resta a consolação de ter nascido um novo clube de futebol com colegas e amigos. Esta equipa tem mais elementos que estão a fazer treino de ginásio e por isso não se encontram disponíveis.
Garanto-vos, ilustres colegas e amigos, que no bolo do próximo ano, haverá mais elementos de peso, inclusivé já estabeleci a primeira aproximação ao major, após entrega de 2 porcos no espeto em casa de 2 árbitros com cartão: "de Gondomar, vamos lá ver como vais apitar...! Um abraço do Valentim... já agora... o pilim?"
Regressando à Marmeleira, já dizia a minha avó... "haja saúde e coza o forno!"
É o que desejo a todos! Mas quando o forno cozer, convidem!
Obrigado a todos pelas mensagens, telefonemas, prendas e pedidos de casamento (as mensagens, telefonemas e prendas é brincadeira).

Friday, October 13, 2006

Vagas para carteristas!

Escutava há pouco no noticiário uma reportagem com um carteirista em que este, com voz firme e penteada de orgulho, transmitia o seu modus vivendi, particularizando pormenores que invertiam nitidamente os papéis. Nós, espectadores, na cabeça desmiolada do carteirista, deveríamos ter orgulho na forma como este conduzia a sua actividade.
Segundo palavras do visado "este trabalho não é para qualquer pessoa, é preciso muita sensibilidade e respeito pelas pessoas. É na paragem que se percebe quem são os seres humanos com atitude, com imagem, com carácter! É na paragem que eu decido quem fica sem carteira e escolho sempre as pessoas importantes! Que têm postura numa paragem! Que sabem estar numa paragem! "
O repórter indaga o que é saber estar numa paragem... ao que o Zé Carteiras responde
- "É ter postura! É saber estar numa paragem!"
Este Zé Carteiras é que as sabe todas, pensei... amanhã a minha vida vai assumir uma nova amplitude, vou olhar para as pessoas da paragem com uma visão muito mais vasta e vou, garanto-vos, alertar os que têm postura de que estão a correr um risco acrescido.
- Olhe, a senhora aí ao fundo que está sentada a tirar macacos do nariz de forma ávida, não se preocupe com a carteira.
- Olhe, você aí ao lado de gravata, de braços esticados acompanhando a verticalidade do corpo, de peito para a frente e cabeça erguida, cabeça de gel com algum cabelo à mistura, por favor esconda um pouco melhor a carteira...!
Olhei novamente a televisão. Zé Carteiras dizia, como que vestindo a roupa de um respeitado e respeitador carteirista de quem Portugal se devia orgulhar, principalmente os portugueses que andam de elétrico, que "...sempre que há crianças ou idosos, nem pensar em carteiras! Primeiro que tudo, estão os mais velhos, que devem ser respeitados! Carteiras, só de homens de meia idade e preferencialmente turistas com camisas de marca (sinal de que têm carteira recheada). Velhinhos, nunca! Até é uma ofensa, senhor jornalista...!"
Repórter: Que conselhos dá aos que frequentam eléctricos diariamente?
Zé Carteiras (orgulhoso dos ensinamentos que ia transmitir): aconselho a nunca deixarem o código Multibanco junto do cartão. Principalmente nos velhinhos, 9 em cada 10 tem lá o código e assim quase não tenho trabalho.
Foi aqui que percebi que Zé Carteiras deitou tudo por terra... afinal os passageiros mais velhinhos também ficam mais leves. Eu, particularmente, fiquei chocado. Ainda estou um pouco. Já tomei uma infusão de camomila e tenho pedras quentes na cabeça para ver se acalmo mas não está fácil. Tinha equacionado produzir um boneco gigante do Zé Carteiras para colocar no meu móvel dos super heróis onde está o Capitão América, Super Homem, Alf , Tom Sawyer e Barbie. Tudo se desmoronou! Zé Carteiras é um cáfivara (cruzamento entre cáfila - conjunto de camelos e vara - conjunto de porcos). Amanhã, se não tivesse "estourado" as poupanças todas desde a infância para comprar acções da Galp, comprava um eléctrico e recrutava carteiristas com C grande, com postura, que sabem estar num eléctrico!
Polarito & Carris, Lda., pretendem seleccionar para seus Quadros de Pessoal:
- 10 carteiristas (masculinos) com pouca miopia, unha do dedo mindinho de dimensão generosa, barba rija de 3 dias, tufo de pêlos no peito a sair pela camisa e, pelo menos, ausência de 3 dentes. Os interessados devem enviar o curriculo acompanhado de foto de cara e mãos.
Oferta: Integração na carreira 15 (Praça da Figueira-Algés) apinhada de turistas, carteiras de acordo com a experiência comprovada, formação inicial e contínua numa favela pelo Dr. Josemíldio Mãos-Leves e evolução permanente na carreira, sempre com recurso às mais recentes tecnologias (óculos multi-garrafa para aumento da visão periférica e luvas de lã com filme de super cola 3).
O candidato será esponsável pela coordenação e gestão dos projectos de transferência de carteiras, selecção e escolha de eléctricos, percursos e horas de ponta, supervisionar os projectos de implantação de novos gamanços, definir e aprovar o sucesso da parceria turista-carteirista , bem como monitorizar e avaliar as instalações de acordo com o número de polícias por metro quadrado de eléctrico.
Objectivo: Zé carteiras para o desemprego.

Ao candidato é exigido ainda que, em caso algum, procure tomar de assalto o elétrico ou fazer reféns. Recorde-se a forma trágica como infeliz Capitulino Mãos-Alicate um dia decidiu desviar um eléctrico... (o desvio de um elétrico é, no mínimo, resultado de planos estratégicos com base científica muito rigorosa).
Capitulino Mãos-Alicate, decidiu um dia entrar na carreira 28 (Martim Moniz - Campo de Ourique) e gritou com a unha do dedo mindinho empunhada à jugular de um passageiro:
- Isto é um desvio! Senhor electrificado (condutor do elétrico), para onde vai este elétrico?
- Para Cam... Cam... Campo de... de... de Ouri... ri... ri...que...
Então, olhando para os carris em frente, Capitulino Mãos-Alicate ordenou:
- Então vamos enganar os canalhas dos polícias! Desvie já isto para Campo de Ourique!

Bom fim de semana que eu tenho de apanhar bem cedo o eléctrico para a Marmeleira (terra que viu nascer o Polarito há 27 anos) :)

Tuesday, October 10, 2006

Boa noite III


Já não se pode sonhar com a Lassie em paz...??! Nem com a Boneca? Nem com a Daisy? Nem com a Pitufa? A Matilde? Kelly? Yara? Triste vida a de um Bobi à janela... boa noite a todos!

Boa noite II


Mais um "boa noite a todos" e faço das tuas penas uma almofada...

Boa noite I


Boa noite a todos...! Boa noite a todos...! Boa noite a todos...! Boa noite a todos...! Boa noite a todos...! Boa noite a todos...! Boa noite a todos...!

Thursday, October 05, 2006

Qual o caminho?


Como era bom se o respeito e aprumo emocional dos portugueses fosse medido com base, por exemplo, não na quantidade de beatas, pastilhas, excrementos caninos e eventualmente humanos, pequenos volumes de saliva vindos das entranhas do organismo ao som de um rasgar de garganta que compete com o mais antigo motor de um tractor agrícola a arrancar em manhã fria de Inverno, restos de materiais que não trazem valor acrescentado lá em casa... enfim... e fosse medido pela forma como inconscientemente respondemos quando solicitados a auxiliar um indivíduo perdido algures pelo nosso Portugal. Senão vejamos...
A última vez que parei o carro, abri a janela e, reduzindo o volume do auto-rádio, pedi claramente ajuda para ir ter ao meu destino foi, há 3 dias, algures perto de Mafra. Meus amigos, garanto-vos que este episódio é verídico!
Nota: o indíviduo, aparentando 70-80 anos estava de boina, e havia uma corda que, numa extremidade tinha a mão do indivíduo e, na outra, um burro. Vamos considerar o indivíduo como TMB (Ti Manel do Burrico).
Eu: Boa tarde, amigo! Como é que vou para o Turcifal?
TMB: Olhando assim, parece que vai de carro!
(reconheço que por momentos vacilei entre o sorriso e a vontade de atropelar o burro que não tinha culpa nenhuma)
Eu: (sorri)
TMB: Olhe (apoiou-se no carro com a mão livre), você está de carro ou a pé?
(neste momento já estava um primeiro carro parado atrás e começa a sentir-se aquela vontade de deixar de ser simpático e arrancar, mesmo perdido).
Eu: sorri (mas pouco)
TMB: Voxê faz axim, `tá a ver ali aquela estrada redonda (era uma rotunda...), não vira para lado nenhum, vai xempre em frente. Ósdespois "há-dem" aparecer uns xinais e voxê xe tiver vermelho pára.
(Começo a perceber que tenho aqui um amigo com quem seria interessante ter uma conversa a beber uma coca-cola (os átomos da cerveja e o meu organismo repelem-se mutuamente) e uns tremoços mas num café, não numa fila de 3 ou 4 carros e 1 moto (o burro preenchia o único espaço livre da estrada) que entretanto esperavam que eu andasse).
Eu: e depois é sempre em frente... pergunto a alguém lá mais para a frente (tentando apressar).
TMB: É em frente mas ósdespois vira à direita (e nisto o Ti Manel começa a desenhar com o braço esquerdo uma curva) ao pé do Zé Foices, xabe adonde éie, num xabe?
Eu: então não sei amigo? O Zé Foices! Já tou a ver tudo, já sei onde fica!
(sim... foi uma tentativa desesperada de andar, depois de escutar a primeira buzina). Enquanto olhava para o retrovisor, naqueles 3 segundos de perplexidade perante o episódio que estamos a viver, senti a loucura a apoderar-se de mim... 15 carros parados atrás, um louco agarrado a uma burra ou vice-versa, um Zé Foices algures aqui perto e associei-me a este quadro patológico pouco animador porque me ocorreu Zé Foices... deve ser Zé da parte do pai e Foices da parte da mãe... e se o pai fosse Licínio Ceifeira e a mãe Lucília Debulhadora... tirei os olhos do retrovisor e lancei um muito obrigado...
TMB: Prontos, então já xabe, ali na estrada redonda num xe bote a virar para lado nenhum! Depois é sempre em frente até aparexerem uns xinais...
(engrenei a primeira e aliviei a embraiagem suaves centímetros, sempre agradecendo).
Eu: pronto, meu amigo! Obrigado! Obrigado!
TMB: Prontos atão! Agora é sempre em frente e ósdespois ali na estrada redonda não dê importânxia porque é xempre em frente e ósdespois.
(garanto-vos que esta afirmação ainda foi proferida, sempre com a mesma descontracção e convicção pelo Ti Manel da Burrica, por mais duas vezes, acompanhando o carro com a mão apoiada na porta).
Agradeci em altos decibéis e arranquei. Olhei pelo retrovisor e reparei como o Ti Manel e o burro ficaram a apreciar se eu ia em frente na "estrada redonda" enquanto um dos veículos barafustava com ele que respondia com uma saudação.
Impressionante! Não me recordo de viver uma auto-novela destas nos últimos tempos. Mas há um enredo sempre comum: não é verdade que sempre que pedimos ajuda para encontrar um destino, depois de entendermos tudo e agradecermos, há sempre uma repetição da primeira cena? A repetição da explicação - parte II, normalmente já com o carro em andamento muito suave.
A GNR e a PJ deveriam utilizar este post para construir uma medida a aplicar aos prisioneiros mais violentos. Por exemplo: tu, Quim Quebra-Ossos, vais passar 20 anos no cruzamento da Av. Infante Santo com a Av. 24 Julho a esclarecer os perdidos. Isso deve acalmar-te. Senão vais para Mafra ter com o Zé Foices que ele limpa-te o sarampo!
É só uma dica... :))
Ti Manel, agora vá sempre em frente com essa boa disposição e só pare se encontrar a sua Maria, numa qualquer estrada redonda da vida...!

Monday, October 02, 2006

Espelho da vida...


Se não houver frutos... valeu a beleza das flores...
Se não houver flores... valeu a sombra das folhas...
Se não houver folhas... valeu a intenção das sementes...

Friday, September 29, 2006

Ainda vai havendo umas verdades...


"Os homens distinguem-se pelo que fazem... as mulheres, pelo que levam os homens a fazer..."
Carlos Drummond de Andrade



"Também se pode abraçar uma mulher por carta. Uma vírgula, no lugar certo, é como um beijo..."
Marcello Mastroianni

Miles Davis


Faz hoje 9 anos e 1 dia que Miles Dewey Davis (Maio 26, 1926 - Setembro 28, 1991) chamou uma nuvem com o seu trompete e partiu rumo ao desconhecido. Em cada canto do mundo, havia um disco a girar e a libertar claves de sol, colcheias e semicolcheias de puro jazz, sem enfeites emanuelísticos.
Na memória fica o célebre... "don´t call me a legend... just call me Miles Davis"

Tuesday, September 26, 2006

Eternity island...


A felicidade é como gota de orvalho numa pétala de flor...
Brilha tranquila, depois de leve oscila...
E cai como uma lágrima de amor...


Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Sunday, September 24, 2006

Dias de infância... só visto!

Há momentos na infância que, definitivamente, estimulam a nossa capacidade de recordar tempos outrora percorridos como se neste instante ocorressem, desenvolvendo-se, a cada segundo, minutos largos de nostalgia de um bem perdido, o mundo fantástico da infância.
Hoje escutei por várias vezes um assobio sem que alguém assobiasse. Era um assobio que, na escala do volume assobiónico, ia progredindo de 10 em 10 segundos, até que parava num último patamar quase estridente. Abri o guarda-roupa e vesti uma t-shirt e calções já sem cor, desgastados pela solidão de uma gaveta fechada há... dez... anos. Calcei as chuteiras muito marcadas pelas pedras do campo de futebol de terra batida (agora parque de estacionamento). Cortei os dez centímetros da ponta para caberem os dedos. Saí de casa, abri a porta para a rua e... recuei dez anos no tempo... o Daniel lá estava. Puto franzino, camisola do Benfica quase pelos joelhos, mãos nos bolsos, a bola por baixo de um pé. Era assim todas as tardes. Fazíamos sempre por ficar na mesma equipa, mesmo quando só estávamos os dois em campo :)
Foi assim que crescemos, em mútua animação vespertina, todos os dias, com sol ou tempestade, sempre os três. Eu, o Dani e a bola.
Hoje recordei todos esses momentos. Na RTP, no Só Visto o Dani conversava com a Merche. Por momentos pensei que não era um televisor à minha frente, mas estavam ali os dois, sentados perto de mim (o que não deixaria de ser um prazer (desculpa Dani, mas esta foi para a Merche). O diálogo, sobre as vivências e experiências profissionais e emocionais da Merche, que entre íntimos se confia como mandam as regras, foi excepcional. Tudo o resto foi genial. A cumplicidade, os sorrisos... mas, principalmente, a forma como devemos respeitar o nosso processo natural de crescimento, como se respeita uma flor no Verão, em dias de tempestade. Qualquer semelhança com o Dani, eu e a bola, não é pura coincidência. Só lamento um facto... Merche, onde estavas tu na nossa infância????
Beijo e abraço (Dani, o abraço é que é para ti) !
Afinal de contas... não somos felizes... mas somos bem dispostos...!!

Wednesday, September 20, 2006

Hole in one!


Está a bater à porta, no K Club, em Kildare, Irlanda, a 36ª edição da Ryder Cup, o mítico torneio de golfe que reúne no mesmo campo os melhores jogadores europeus e norte-americanos.
Para quem é um "nabo" do golfe (eu comecei nabo, mas fui promovido a "quase nabo" com recurso a suborno, obviamente) aconselho a seguir a competição, nem que seja na perspectiva de assistir a um desporto no qual a probabilidade de o apito dourado ter um laboratório de produção de resultados ser muito pequena, até porque não há apitos. Ainda assim, certifiquei-me que não saiu nenhuma carreira de Gondomar com destino à Irlanda, nos últimos dias.
Mas mais importante que apitos, são os momentos que antecedem uma competição desta envergadura. A preparação do campo, gestão do relvado, dos meios físicos e humanos, a logística... há uma equipa preparada para responder a qualquer situação. Este ano, o nomeadamente mormente efectivamente grande profissional dos relvados, Sôr Engenheiro Carlos Vieira, ilustre greenkeeper do Lisbon Sports Club (termina aqui a parte da graxa), estará presente não só para passear o seu portfolio empírico pelos fairways e greens do K-Club, como para alombar com sacos de adubo e tudo o mais, que também só lhe faz bem (esta parte não deve ser considerada pelo visado). Na bagagem levou as cábulas de Fisiologia Vegetal, dos saudosos tempos do ISA. Esperamos que traga, além de irlandesas, novidades das boas!!
Sai agora um drive (sem ser para as árvores) à maneira... and let the party begin!

Tuesday, September 19, 2006

Reconfortante...


É inqualificável a atitude que vou tomar nos próximos 30 segundos (convém continuar a ler para a contagem bater certo). Vou pegar em algo confidencial e torná-lo público. Não, não é isso... que continuo a encher as caixas do correio dos meus vizinhos que colaram o papelinho amarelo "Publicidade aqui NÃO! Obrigado!" com aqueles folhetos enormes do AKI e do JUMBO, mais cedo ou mais tarde vão saber que sou eu. Que, num qualquer pinhal deste país, onde se ferem os pinheiros para atar aqueles potes sujos de plástico preto que enchem de resina... confirmo que os potes com um volume de líquido considerável, que não resina, em relação aos potes vizinhos, saibam, portugueses, que foi um pinhal por onde deixei a minha marca, qual canídeo a marcar território. Mas isso também irão saber e enfrentarei os resineiros deste país. Mas hoje, agora, vou denunciar algo que o país não sabe (sinto-me o presidente do Gil Vicente em entrevista à RTP, a adiar até ao minuto final a declaração em que ia declarar que afinal, nada declarava... extraordinário).
Meus amigos, depois de um dia desgastante de trabalho, de algumas horas angustiantes num hospital, é, no mínimo, reconfortante, receber um e-mail assim... passo a citar (mil desculpas à autora pelo abuso, mas parece-me uma denúncia simpática). A vossa atenção, por favor:
"Olá! Em anexo envio as fotos do “Simão”… para quem ainda o desconhece eu resumo a história : a prenda que eu queria para os meus anos (fiz anos ontem -17/set) era um/a gato/a, por isso fui à União Zoófila (onde existem muitos gatos e cães ansiosos para serem adoptados) buscar um.
A sorte calhou a este bebé, demos-lhe o nome de Simão, tem dois meses e meio e neste momento vive no meu quarto isolado da gata, a “Joana”. Até ao momento ainda não se viram mas o grande dia vem aí e confesso que tenho medo da reacção da Jo.
P.S. : É engraçado porque numa altura a maioria das pessoas falam dos bebés lindos que nasceram e os que estão para nascer, eu resolvi ser diferente e falar do meu “bebé”. Espero que tenham gostado dele..."
É, no mínimo, reconfortante...

Saturday, September 16, 2006

Que urso escolher...?


Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos...
"Dentro de mim existem dois ursos... um deles é cruel e mau... o outro muito bom e dócil..."
Quando lhe perguntaram qual dos ursos ganharia a briga, o sábio índio parou, reflectiu e respondeu:
"...aquele que eu alimentar..."

Monday, September 11, 2006

Descoberta de nova espécie: gorilomens!



Ontem, numa daquelas tardes que acontecem de 5 em 5 anos, destinada à arrumação do quarto, fiquei por casa a assistir a um filme de violência tão gratuita como absurda. Reconheço que, após duas horas de xutos e pontapés sem música, senti necessidade de exprimir também a minha própria violência armazenada há 27 anos. Passei pela praia de Carcavelos mas não era dia de arrastão. Só restava outra hipótese... fui ao estádio da Luz ver o Estrela da Amadora x FêCêPê.

Cheguei à zona limítrofe da arena... perdão... estádio, faltavam 2h para o jogo começar. Nisto passam por mim umas 50 caçadeiras agarradas às mãos de polícias aos saltos, tão protegidos como astronautas mas em tons de azul claro. Era só um miúdo franzino que estava a ser sovado por vinte gorilomens (músculos de gorila e idiotice de homem) porque trazia ao pescoço um cachecol que não era propriamente da cor mais indicada para trazer neste dia. A culpa pode ter sido da avó que usou lixívia demais ou misturou com as ciroilas vermelhas da bisavó quando lavou o cachecol. O que é certo é que o miúdo franzino viu-se em três tempos um dos mais acérrimos apoiantes da Académica, de tão escuro que ficou.
Mais 3 passos em direcção das bilheteiras... FILHOS DA PIIII, SEUS PIIIIII, HAVIAM DE PIIIIIIIII NA PIIIIIIIII DA VOSSA TIA, GRANDES PIIIII. PIIIII. Foram só uns 50 gorilomens que, investindo que nem Bush conseguiu no Iraque, desviaram telemóveis e carteiras do bolso original. Mais 50 bastões a passarem ao meu lado, desta vez em autênticos ROBOCOP mas em tons de azul. Não é fácil a vida destes senhores, principalmente em dias quentes.
De repente pensei o quão generoso é o nosso futebol. Não paguei ainda 1 cêntimo e já assisti a tudo o que é espectáculo. Durante a semana o presidente do Gil Vicente deve ter arrasado com as audiências do Levanta-te e Ri. Agora vejo uma gorilomenada (conjunto de gorilomens) a serem mimados com pontapés e cacetadas, mas mesmo assim riem, como quem está a ser acariciado com uma pena de pavão.
Finalmente, vem o momento do dia! O auge da manifestação de qualquer sentimento de revolta!
No meio da multidão ouve-se um grito estridente: SEUS "C___" do "C____". Como quem diz: "seus machos no aumentativo do belo exemplar a partir do qual é extraído o leitinho para fazer queijo de cabra", do "cara de um vegetal próximo da cebola muito utilizado na gastronomia tradicional portuguesa aquando do tempero do bacalhau". Olho assustado e vejo uma senhora com 3 dentes, 3 dos quais completamente podres (tão a ver aqueles sacos de carvão do LIDL quando sobram de um ano para o outro e, no fundo do saco, estão apenas uns resquícios? Eram assim os 3 dentes da senhora). Talvez por isso a força de atrito não actue de forma tão intensa, porque em menos de 10 segundos ela tira um sapato encarnado de saltos altos que estava mais ou menos a condizer com o robe verde alface que vestia e ZÁS TRÁS, enfia o salto do sapato na cabeça do gorilomem que teimosamente desobedecia à autoridade, sorrindo a cada pontapé que ecoava no seu traseiro como cuspidelas do Etna em dia de erupção. Ah valente, pensei! O gorilomem ficou logo ali estendido (pena não haver circulação da Carris nesta rua). Depois ainda deu uma cabeçada num outro gorilomem desprevenido! Sou sincero, esta senhora, mais alta e com mais 29 dentes eu podia confundi-la com o Zidane. Haja mais mulheres destas um pouco por toda a parte! Arranjava já emprego a 30 ou 40 e não iam todas para a Assembleia.
Fora isto, houve um jogo de futebol que o FêCêPê ganhou 3-0. Três golos em homenagem à dentição-carvão da brava anti-gorilomens que conheci. Clap! Clap! Clap! (Foi mais uma homenagem)...!

Monday, August 21, 2006

O truque para ser árvore!


Estive no Parque Nacional da Peneda-Gerês (na parte que não incendiaram) e, como manda a tradição, trocam-se os cavalos domesticados de um carro por um cavalo ou égua em que, 1 minuto após sermos apresentados, somos obrigados a montá-lo (a) sem qualquer formalidade.
O percurso era nitidamente apetecível, uma serra de várias cores, com pedras semeadas por todo o caminho, árvores imensas dispersas em pequenos socalcos, o riacho a serpentear entre arbustos bem desenhados... e cavalos!
É verdade que não entendi bem a associação de ideias do responsável (sujeito 1 - S1) pelos equídeos. Ajudem-me, vivendo a história a que eu (sujeito 2 - S2) sobrevivi com o cavalo (sujeito 3 - S3)!
S1: Já andou de cavalo?
S2: .
S1: Então fica com aquele cavalo da ponta!
Eram 8 cavalos (7 imponentes, quais machos morenos latinos de barba rija e pêlos no peito, versão equídeo, e 1 miniatura). O meu era o miniatura. Depreendi que tinha havido algum desentendimento entre S1 e S3, mas não ripostei. Afinal, num "ponei" deve ser ainda mais engraçado, contemplar a paisagem devagarinho...
Estavam já todos devidamente montados (quase sem ser apresentados aos montadores) quando S1 vem ter comigo e diz estas 5 palavras que, não fosse a 5ª, tudo seria normal: " Ficas aqui com o GTI ". Epá... "Ficas aqui com o GTI" soou-me a problemas... Confesso que comecei a produzir mais adrenalina do que o habitual.
Aproximei-me do bichano, naquela figura ridícula que todos fazemos como se um cavalo entendesse o português e disse: GTI, bichaninho GTI, vais portar bem, não vais? (bichaninho GTI... pensei... é o mesmo que dizer bebézinho Yokozuna, bebézinho Yokozuna, kutxi kutxi kutxi... é, no limite, absurdo).
Montei o GTI, mantendo o último lugar da fila porque o GTI não pode ver cavalos atrás, porque parece que tem um trauma de infância e assume a personalidade de uma chita enfurecida quando há alguém por trás... o GTI no seu melhor.
Esquecendo as restantes 95 peripécias que aconteceram durante o percurso, há uma que fica retida no livro da minha vida. Afinal de contas, todos os humanos que, no intervalo entre o nascimento e a morte, não plantem uma árvore, escrevam um livro e façam um filho, partem deste mundo com a sensação de que se esqueceram de algo. A mim falta só plantar a árvore (brincadeira), mas consegui algo que se pode considerar extra-humano, quiçá divino! Eu fui árvore! Eu fui árvoreeee...!
O GTI gostava de parar por breves instantes, sempre que havia pedras e escarpas no caminho, deixar o vizinho da frente afastar-se e, envergando a sua personalidade kamikaze, bater com os cascos e sprintar até se atingir novamente a posição "filinha pirilau" com os demais cavalos. Ocorreu-me a recordação da Celeste, a última égua com quem vivi bons momentos... só lhe faltava bocejar entre cada passo lento e tolerante. Confirma-se a sábia teoria de que não devemos ser promovidos sem viver experiências diferentes e marcantes, com sucesso. Gostava de ter "montado" mais desde a Celeste... (beijinhos Celeste) Reconheço que ao vigésimo sprint, senti necessidade de dizer bem alto: "GTI d´um raio, parto-te ao meio!". Nisto, o GTI d´um raio deixou o vizinho da frente afastar-se, e zás trás CATAPUM. Um sprint dos valentes e enfaixo-se numa árvore. Meus amigos, quando eu digo que se enfaixou numa árvore é porque, literalmente se enfaixou numa árvore. Por momentos não percebi se havia de lutar para sair da árvore com a cabeça ou se era suficientemente animador ser decapitado por um Quercus centenário. Enquanto o GTI ficou petrificado, a minha cabeça estava envolta em 4 ou 5 ramos daqueles bem grandes, lembrando o velho sketch: Mãe, o que será aquilo? Será um pássaro? Um avião? Não! É a cabeça do Pedro! Seguiu-se a estranha sensação de ter um GTI por baixo a ir embora e eu pendurado numa árvore pela cabeça. Garanto-vos que tudo acabou bem. Continuo sem cabeça... :)
GTI, bate aqui !

Monday, August 07, 2006

Óinc em Almourol...!!


A memória atraiçoa-me um pouco quando procuro recordar-me do valor dos mais recentes "Censos" Agro-Pecuários para identificação do número de suínos em Portugal. Alerto a Alta Autoridade para a Suinicultura Nacional que se encontram refugiados no Castelo de Almourol os 3 recentes desaparecidos elementos desta comunidade suína.
Ontem aproveitei o facto de ser um dos dias mais quentes do ano e fui "botar-me ao fresco" em Almourol. Ora, Almourol... concelho de Vila Nova da Barquinha... ora Vila Nova da Barquinha distrito de Santarém... ora Santarém... 42 ºC! Perfeito!
À chegada ao local, vergo-me perante a imponência de uma obra que estimula o mais adormecido dos sentidos. Detenho-me, estupefacto, perante a majestosa capacidade de desafiar qualquer lei, o inconfundível dom do povo português em marcar a diferença de forma tão vincada. Não! Ainda nem vi o castelo! Refiro-me à capacidade que o português tem de, estrategicamente, retirar um calhau do rio que permitiria, pé ante pé, chegar à ilha do castelo sem a necessidade de ir "à água". Nasce assim uma placa de plástico descorada pelo sol onde se lê: Ilha: 0,75 euros / Volta à Ilha: 1,50 euros.
Cumprimento o timoneiro da piroga, confirmo que os coletes de segurança estão em pior estado do que o trapo com que a minha tia fez os espantalhos para o campo de milho, e embarco na volta à ilha. 10 minutos. A entrada na ilha é feita de forma cordial pelos 3 suínos fugitivos e por 2 cabras. Experimentem o mais rapidamente possível a experiência de estar no mesmo metro quadrado com 2 cabras, numa tarde com 42 ºC. Ficamos preparados para ser os responsáveis de uma ETAR com canalizações entupidas sem ter que usar máscara anti-odores.
Finalmente o castelo!!! Muito bonita a vista sobre Vila Nova da Barquinha! Apetece ir rio adentro (sem colete e sem cabras) até ao Atlântico.
O castelo, certamente de origem romana, foi reedificado em 1171, por Gualdim Pais, Mestre da Ordem dos Templários. Fez parte da linha de defesa do Tejo no período da reconquista da Península Ibérica, integrado na estratégia delineada por D. Afonso Henriques.
No final, não se esqueçam de despachar 1, 2, 3 ou mais Calipos de Limão com vista para o rio, para refrescar as ideias. Vale a pena a visita! Óinc, óinc!

Wednesday, August 02, 2006

São cinco, se faz favor...!


Entendo que está na altura de mais um Referendo Nacional. Não interessa ter mais de 18 anos. Interessa ser viciado em... pastéis de Belém! No percurso para casa, é habitual passar a 5,50 metros da porta de entrada para o AMPB (Admirável Mundo dos Pastéis de Belém). Há 1 ano atrás o meu carro era mais estreito, passava a +/- 6 metros e era mais fácil resistir.
Naqueles dias frios e chuvosos de Inverno, quando as pessoas parecem escravos do mundo, com semblante carregado, roupas escuras, muitos chapéus abertos na paragem do autocarro, não há nada mais tranquilo que entrar no AMPB, cruzar a perna (com o tornozelo da perna esquerda sob o joelho da perna direita, para evitar confusões de outra ordem), erguer o braço e dizer a frase mágica: são cinco, se faz favor!
Eu penso que a culpa deve ser do senhor que fez as embalagens de açúcar e canela, porque eu sou daqueles que não consegue desperdiçar comida. Nem uma migalha! E para que não sobre açúcar ou canela, e garantindo uma distribuição uniforme e equitativa dos mesmos, quatro pastéis peca por escasso e seis por excesso. São cinco, se faz favor!
Um dia senti necessidade de me armar em estúpido. Quis perceber o prazer que é não sentir prazer. Sentei-me mas não ergui o braço. Esperei 2 minutos e escutei um frio: Boa tarde, quantos são? Pronto! Que mania de perguntar algo em que ambos os intervenientes percebem que está inerente uma quantidade razoável de PASTÉIS DE BELEM!!!
Dois dias depois, segunda tentativa! Tinha de me antecipar! Sentei-me, não ergui o braço, esperei 2 minutos e escutei: Boa tar... respondi: UM CROISSANT COM FIAMBRE E UM GAROTO, SFF! E o senhor responde: e os pastéis, trago já? :(
Não vale a pena, não consegui sentir a experiência de entrar no AMPB e não comer PB. Precisava de ter esse apontamento no meu currículo para perceber se a minha dependência era já grande. Afinal, o que importa mesmo não é saber o segredo dos pastéis de Belém, mas qual o truque a usar para não comer mais de 5...
Ah! Sugiro que se faça um inventário de pessoas como eu e que nos seja atribuído um cartão magnético que impeça a entrada no AMPB, como acontece nos casinos.
Já agora, apelando ao patriotismo, sugiro a 1002ª maneira de fazer bacalhau: bacalhau com pastel de Belém! Um must! A provar na próxima consoada!
Perús deste país, não me agradeçam!

Monday, July 31, 2006

Polarito - o despertar de um mito

O Urso Polar está, dia após dia, em maior risco de extinção. A diminuição das camadas de gelo e o prolongamento do "Verão" vêm obrigando os Ursos Polares a buscar comida em lugares habitados, colocando a espécie em conflito com o homem. Em 2005, testemunhas afirmaram ter visto um total de cerca de 40 ursos nadando centenas de kilometros em busca de alguma camada de gelo flutuante à qual pudessem subir. Viram-se menos quatro corpos de ursos flutuando até 260 km de distância do gelo ou terra firme.
Os povos índigenas do Ártico caçam o urso por sua gordura e pele. O Canadá permite a estrangeiros caçar, desde que guiados por um Inuit
nos seus trenós de cães. Apesar de florescente no século passado, esse tipo de actividade mostra-se estar, actualmente, em declínio . O interesse por tapetes de urso diminuiu, assim como seus preços. Uma pele que era vendida por 3.000 dólares atinge hoje o preço máximo de 500 dólares. Actividades humanas como exploração de gás e petróleo, turismo, pesquisa científica e desportos na neve perturbam o animal em seu ambiente.
A poluição ambiental é outra ameaça. Estando no topo da cadeia alimentar, o Urso Polar concentra substâncias tóxicas no seu organismo. A quantidade de metais pesados desenvolve-se em curva ascendente em amostras de tecidos.
Os derramamentos de óleo também afectam os Ursos Polares. O óleo é altamente tóxico e de lenta decomposição, sendo ingerido pelo animal quando este se alimenta ou executa seu asseio.
A população actual de Ursos Polares é estimada entre 22 000 e 27 000 indivíduos, 60% dos quais vivendo no Norte do
Canadá.