Wednesday, December 26, 2012

Romance em forma de riscos...

Há amores que nos compreendem melhor do que "aquele amor". Há amores que ficam, restam e duram, sem que sejam continuamente alimentados. Sobrevivem a desprezos desmedidos e a fúrias inconstantes. Fluem nas nossas mentes ou nos nossos dedos, a cada dia ou a décadas sem qualquer dia. Mas existem sem questionar existência. Há muitos anos que alimentava este amor. Para escrever os meus livros secretos, desenhar retratos mentais na moleskine mais viajada do mundo, ou para os diálogos silenciosos que mantenho, intermináveis, mas efémeros de existência. Saber brincar com as letras é extraordinariamente relaxante. Infinitamente ágil. O Natal tem destas coisas boas, de nos fazer conquistar algo que já havíamos conquistado mas que não era nosso. O prazer de ter algo que dura mais do que a nossa vida, é suficientemente grande para nos provocar uma audácia superior, e conquistar, de facto. Porque, como qualquer palavra lançada ao papel, fica, resta e dura. E assim tem outro sabor.

1 comment:

Anonymous said...

Caro Urso,

É com alegria que leio os seus posts.
São sem dúvida alguma dos mais inspiradores e poéticos que tenho a sorte de encontrar no meio do "lixo" que existe na internet.
Por favor, continue a iluminar os meus dias com a sua alegria de viver.
Não quero parecer ousada por não o conhecer, mas adoraria trocar umas palavras consigo num café, ou quem sabe, em frente a uma lareira, ouvindo o crepitar das brasas, abraçados numa acolhedora manta "polar".

Beijos, Ursa