Apesar de nunca ter seguido uma carreira de top model, o que sempre constituiu uma surpresa para os que conhecem os meus dotes de macho moreno latino, também nunca fui muito defensor do conceito de "haute couture". A roupa tem de ser, primeiro que tudo, prática. Depois confortável. Depois bonita. Só se estas 3 condições se encontrarem reunidas é que faz sentido andar vestido. Este raciocínio explica um pouco a minha aversão a pijamas e, não me apetecia dizê-lo, ao facto de a minha gaveta dos pijamas ter tudo, menos pijamas. Uma coisa é verdade (além desta história dos pijamas), é sempre reconfortante para os olhos e para a alma ter perto de nós alguém que, sem "haute couture", sabe aqui e ali impressionar pelos centímetros quadrados de têxtil que reveste a sua pele... seja seda luminosa e linho de Campia, seja lã de carneiro das Serra da Estrela. Tem é de ser giro, confortável e muito prático... Esta noite, em Paris, partiu Yves Saint Laurent. Um dia, disse sobre o seu trabalho: "A roupa mais bonita para vestir uma mulher são os braços do homem que ama. Para as que não tiveram essa felicidade, eu estou aqui." Yves, tás lá !
1 comment:
Se a gaveta dos pijamas não tem pijamas... não é uma gaveta de pijamas. O que é que a roupa diz acerca de alguém? Por que é que tem que ser "giro, confortável e muito prático" e não "personalizado, hippie-chique e confortável"? Ou "confortável, alternativo e biodegradável"? Qual a importância da casca, afinal? Terá sido este post, então, para dizeres que não usas pijamas? Achas que assim vais despoletar o imaginário feminino? Mas parabéns à frase do Yves. Ele 'tá lá, de facto.
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