A Tempestade!

Conselho I: quando é preciso acordar de madrugada para ir andar de bike para longe, não se deitem de madrugada.

Conselho II: quando chover muito nessa madrugada e torrencialmente minutos antes do início, não começar a prova.

Conselho III: quando o vento é tão forte que pedalamos e não saímos do mesmo sítio, não insistir no processo de pedalar.

Conselho IV: quando começa o granizo a bater na cara que nem calhaus, chuva torrencial e vento quase ciclónico, não continuar. Mais vale atirar a bike para o mar e fazer de conta que nunca existiu bike.

Conselho V: quando aparecem dois sinais em sentidos opostos, um diz "25 KM" e outro "60 KM", olhar para um preçário dos seguros de vida e, num fugaz rasgo de racionalidade, nunca mais optar pelos 60 KM.

Conselho VI: quando se perderem num qualquer caminho transformado em riacho de lama, entre a floresta e o mar, dizer asneiras em voz alta de 10 em 10 segundos porque, confirmo, acalma. Se ficarem atolados em lama até ao joelho, depois de descer a pique uma ravina em ziguezagues mortais, e quando tentarem sair ficar um ténis enterrado a 50 cm de profundidade (recordo que falamos em lama, não em água límpida e cristalina da Serra da Estrela), não tentar agir como Moisés e separar as águas (as lamas). Encurtar o período de cadência de dizer asneiras em voz alta para 3 segundos. Resulta melhor.

Conselho VII: quando apenas pequenas porções de nós estão quentes (sim, em zonas de extremamente importante funcionalidade mantive os níveis confortáveis de aquecimento), e tudo o resto é um glaciar, não manifestar tendências homicidas aquando do momento de tomar duche e só haver água gelada nos balneários.

Conselho VII: queria muito dar-vos este conselho. Aliás, era o mais importante. Mas tenho de ir nanar rápido... sinto que a minha espinha ainda está em processo de descongelamento... Chicooooooooo! Hoje durmo eu dentro do microondas!