Antes eu tinha a mania de me enfiar em cestos. Tinha um focinho mais lindo que hoje. Mas pouco mais :) Do que tenho mesmo saudades é das orelhas. Vejam que espectáculo de orelhas. Todas as ursa... meninas vinham ter comigo fazer miminhos atrás da orelha. Depois aos 4-5 anos apareceu a puberdade. Eu não queria nada. Tinha planeado a minha vida e das minhas amigas do jardim escola para a puberdade aparecer só aos 7 anos, mas nesse dia fatídico bateu à porta e eu, feito literalmente urso, disse "quem é?" e do outro lado responderam "é a puberdade, pá, cheguei mais cedo porque não havia tanto trânsito. Abre lá a porta". Fiquei mesmo lixado. Nem sequer me tinha arranjado para a receber. E também não me apetecia nada começar tão cedo a fazer buraquinhos na areia da praia, sem ser para brincar aos túneis. "Epá, ó puberdade, o que é que tu pensas da vida? Não podes voltar mais logo?". E ela, feita parva, respondeu: "tá cáládo, pá! Opá, tá cáládo, pá! Ágóra é que é porrêro, pá! Lá nos África nóis aparece aos dois meses, pá!". E eu resignei-me. Se é a puberdade dos África, é uma boa puberdade. Vai-me dar jeito mais tarde. E fiquei assim, parecido com um puto, com caracóis no cabelo, quase a roçar os limites do que é considerado uma carapinha. Não sei porque comecei aqui a falar na puberdade, foi só uma muito pequenina incursão nos caminhos da demência. Mas uma coisa é verdade, digam lá se não era/sou/serei parecido com um Deus Grego (click) ? :)) No leste da Gronelândia, o urso polar é chamado de Tornassuk, "o mestre dos espíritos prestativos"...
Thursday, February 28, 2008
Eu e um puto parecido comigo!
Antes eu tinha a mania de me enfiar em cestos. Tinha um focinho mais lindo que hoje. Mas pouco mais :) Do que tenho mesmo saudades é das orelhas. Vejam que espectáculo de orelhas. Todas as ursa... meninas vinham ter comigo fazer miminhos atrás da orelha. Depois aos 4-5 anos apareceu a puberdade. Eu não queria nada. Tinha planeado a minha vida e das minhas amigas do jardim escola para a puberdade aparecer só aos 7 anos, mas nesse dia fatídico bateu à porta e eu, feito literalmente urso, disse "quem é?" e do outro lado responderam "é a puberdade, pá, cheguei mais cedo porque não havia tanto trânsito. Abre lá a porta". Fiquei mesmo lixado. Nem sequer me tinha arranjado para a receber. E também não me apetecia nada começar tão cedo a fazer buraquinhos na areia da praia, sem ser para brincar aos túneis. "Epá, ó puberdade, o que é que tu pensas da vida? Não podes voltar mais logo?". E ela, feita parva, respondeu: "tá cáládo, pá! Opá, tá cáládo, pá! Ágóra é que é porrêro, pá! Lá nos África nóis aparece aos dois meses, pá!". E eu resignei-me. Se é a puberdade dos África, é uma boa puberdade. Vai-me dar jeito mais tarde. E fiquei assim, parecido com um puto, com caracóis no cabelo, quase a roçar os limites do que é considerado uma carapinha. Não sei porque comecei aqui a falar na puberdade, foi só uma muito pequenina incursão nos caminhos da demência. Mas uma coisa é verdade, digam lá se não era/sou/serei parecido com um Deus Grego (click) ? :)) Wednesday, February 27, 2008
Ronrommmm...
Lá estava ela à minha espera. Como todos os dias. Não tem nome. Não tem data de nascimento. Não tem casa nem família. Mas está sempre ali, quando saio ou quando chego. Pequeninos pulos e mios de doçura. Confunde-me as pernas, tropeço em cada passo, mas ela gosta... gosta de sentir que o risco de eu me escangalhar em cima dela está no limite, e por isso não desiste. E eu faço sempre as mesmas festinhas, vou buscar sempre os mesmos biscoitos e mantenho sempre os mesmos 3 minutos de brincadeira. Não posso levá-la para casa. Ia haver duas brigas. Com o meu pai e com o meu gato. Ela deve ser feliz assim, porque mia, come, brinca e depois, com um mio mais longo, despede-se até à manhã seguinte. Muitas vezes a minha mãe brincou com este miau, e por isso tem um valor ainda mais especial para mim. Ainda me lembro do sorriso da minha mãe quando, após 1 mês de desaparecimento, a gatinha voltou, a miar ao pé da minha janela. Os sorrisos são o meu ar e não respiro sem os sentir. Esta gatinha vive contente, parece-me. Defende-se melhor dos carros, dos cães e das pessoas, do que numa casa. É feliz assim. E isso faz-me feliz também. Té manhã, pikinininha, onde quer que estejas a nanar :)Tuesday, February 26, 2008
Palhaço vs. Engenheiro ?

Monday, February 18, 2008
O Papagaio e o Mar...

Menino de Cabul / Menino da Estrela
Noite de sábado para domingo, 16 Fevereiro, corria o bom ano de 2008, 0h25m, Corte Ingles, Departamento de Cinemas, 4 jovens cinéfilos entram na sala 14 para ver "The Kite Runner" ou, como facilmente se traduz em português, "O Menino de Cabul".Domingo, 18h30m, saída do local de trabalho onde tive de ir fazer aquilo que não fiz durante a semana, isto é, trabalhar. Caía uma chuvinha, os sinos da Basílica da Estrela pareciam malucos, comecei a imaginar coisas... os filmes que me invadem a cabeça à razão de mais ou menos 24h por dia, e me fazem andar a rir sozinho na rua. É triste, mas acontece sempre. Não há ainda comprimidos nem injecções para esta patologia. Este filme não posso mesmo contar até porque envolve uma basílica e seria sacrilégio :) Mas a atmosfera desta Lisboa em dias taciturnos, com iluminação inquietantemente sóbria, ao som de sinos em histerismo resignado, incute-nos alguns pozinhos de perlimpimpim... a nostalgia de um momento que pretendemos viver a dois e não, solitariamente, num fim de tarde de domingo. Nada que não se recomponha com um anoitecer com amigos à beira rio, em ambiente fashion de cores, sons e sabores...!
Wednesday, February 13, 2008
Part - Time em Barcelona
Monday, February 11, 2008
Hi, there !
Eu e o meu primo Bernardo, que é um infeliz e um desgraçado (senão releia-se a 4ª e 5ª palavra deste post) estivémos uma noite a aprender a tocar esta música com a viola, directamente de uma pauta. Eu vou treinar um pouco mais, de facto. É ligeiramente mais complicado que ler um livro do Calvin & Hobbes... :) A música é simples e profunda... às vezes sabe bem "tocá-la" à viola, no silêncio da noite, antes de nanar...
São só palavras...

Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas também já chorei ouvindo música e vendo fotos...