Wednesday, February 27, 2008

Ronrommmm...

Lá estava ela à minha espera. Como todos os dias. Não tem nome. Não tem data de nascimento. Não tem casa nem família. Mas está sempre ali, quando saio ou quando chego. Pequeninos pulos e mios de doçura. Confunde-me as pernas, tropeço em cada passo, mas ela gosta... gosta de sentir que o risco de eu me escangalhar em cima dela está no limite, e por isso não desiste. E eu faço sempre as mesmas festinhas, vou buscar sempre os mesmos biscoitos e mantenho sempre os mesmos 3 minutos de brincadeira. Não posso levá-la para casa. Ia haver duas brigas. Com o meu pai e com o meu gato. Ela deve ser feliz assim, porque mia, come, brinca e depois, com um mio mais longo, despede-se até à manhã seguinte. Muitas vezes a minha mãe brincou com este miau, e por isso tem um valor ainda mais especial para mim. Ainda me lembro do sorriso da minha mãe quando, após 1 mês de desaparecimento, a gatinha voltou, a miar ao pé da minha janela. Os sorrisos são o meu ar e não respiro sem os sentir. Esta gatinha vive contente, parece-me. Defende-se melhor dos carros, dos cães e das pessoas, do que numa casa. É feliz assim. E isso faz-me feliz também. Té manhã, pikinininha, onde quer que estejas a nanar :)

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