

Ontem voltei ao ISA, ao Departamento de Herbologia. A grande diferença para há 3 anos atrás é que, antes de entrar num pavilhão que com muitas salas, laboratórios, ervas no chão e no tecto, e com as mesmas 2 pessoas tranquilamente sorridentes e felizes à espera de ervinhas para identificar é que, desta vez nem 2 pessoas havia, nem uma. Zero! Apenas 1 pavão à entrada que me deixou passar em troca de um molhinho de Chamaemelum fuscatum com um pequenino caule de Anagallis arvensis (apenas para impressionar algum professor que, desprevenido, aqui venha parar). Lá dentro, tudo vazio, nem pessoas, nem pavões. Só ervas. E a sala... ihih... a sala cujas paredes, se falassem, deitariam por terra qualquer dignidade que eu ainda tenho. Reparem no pormenor das mesas com um tabuleirinho em baixo. Agora digam-me, por favor... não está mesmo a pedir... para levar... QUARENTA MIL CÁBULAS PARA O DIA DO EXAME DE BOTÂNICA SISTEMÁTICA ?? COM OS NOMES EM LATIM DE 40 MIL PLANTAS ?? De facto está... E eu até sou um tipo que gosta de honrar os seus compromissos. Nunca tinha usado cábulas na minha vida... desde o último exame. Um muito justo 19 na pauta. Fiz questão de deixar 1 alínea em branco. Seria suspeito ter um 20... sem ter sebentas nem caderno...
Nota: a todos os leitores deste blog que são professores e ainda mais atenção aos que são professores do ISA, antes deste post informei-me junto do Ministério da Educação que já não há qualquer possibilidade de regressar ao ISA por motivo de utilização indevida de informação em mesas com tabuleirinho em baixo!
Eternamente miserável Polarito... e os nomes científicos de 40 mil plantas continuam eternamente na minha cabeça, desde aquele míserável fim de tarde, no bar do Paulo (no ISA), na véspera do exame.
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