A camisola!

Na sequência das últimas imagens que vêm sendo publicadas neste espaço de pura demência, que advém, efectivamente nomeadamente, das pessoas que me rodeiam, decidi que vou uma vez mais adoptar uma postura de auto-enxovalhamento. Pior! Vou denegrir a minha imagem quando eu mesmo pensava que já estaria na sarjeta da denegrição (?)... denegrimento (?)... degrenitude (?)... não interessa! O que interessa é que vou insultar, caluniar, sujar a minha imagem. Senão... vejamos a imagem! O menino Polarito, a pintar as folhinhas de papel como se não houvesse amanhã. Nada de paredes nem móveis nem o gato, apenas as folhinhas de papel. Reparem ainda como o menino Polarito segura a caneta com a mão direita, dando início a uma revolução artística da qual nasceu um novo movimento que deitou por terra o "Neo-Realismo" e o "Impressionismo". Este novo conceito, designado por "Que Rico Bostismo" é caracterizado pela existência de flores diversas, em tons de laranja, com caules verdes e bolinhas amarelas no meio. E mais nada, só isto. O segredo está na camisola, com pintinhas brancas e azuis. A minha preferida, desde sempre. Fui muito feliz com ela. Principalmente no dia em que, no recreio do jardim escola, chovia e fazia frio e a tirei para vestir a Joana da mesa em frente. Não fomos sair, tomar café nem acabámos a noite a ver estrelas em cima do capot do carro. Mas ela deu-me um rebuçado no dia seguinte e, na altura, até soube melhor... pena que não voltou a fazer frio nos dias seguintes ;)